A orientação do prefeito Joaquim Neto aos secretários, principalmente àqueles que têm, por dever de ofício, mais contato com segmentos da sociedade alagoinhense é manter canais de diálogo sempre abertos.
É obrigação de quem exerce mandato eletivo e de seus assessores.
Não há favor nisso.
Muitos estranham meu ingresso no governo após quatro anos de críticas à primeira administração do prefeito Joaquim Neto.
Alguns, inclusive, dizem que eu estive no campo oposto ao do gestor alagoinhense.
Por conveniência, falta de memória ou avaliação seletiva esquecem que votei no então candidato demista em 2016.
À frente do site Alagoinhas Hoje fiz jornalismo e publiquei dezenas de denúncias contra a administração municipal entre 2017 e início de 2020.
O prefeito Joaquim Neto nunca ligou com voz alterada ou insinuou que a veiculação de anúncios publicitários da prefeitura imporia uma linha editorial chapa branca ao AH.
Demonstrou compreensão do papel da imprensa e seu respeito à liberdade de opinião.
E mais: na prática, apesar dos dissabores causados pelas matérias publicadas no AH, deixou patenteado que não usaria o poder público para atingir o órgão de imprensa.
Tenho dialogado com todos que me procuram.
As portas da Secretaria de Comunicação estão escancaradas para os profissionais de imprensa (sem exceção), independentemente da maior ou menor repercussão de seus veículos.
Dialogar é diferente de aceitar pressões, de compactuar com jogos sujos, ao modo dos gângsteres, como anotou o jornalista Samuel Wainer no livro MINHA RAZÃO DE VIVER.
Não perderei tempo com falsas polêmicas e nem darei importância aos inautênticos defensores da sociedade, que o que menos querem é assegurar os interesses comunitários.
E nem me dobrarei aos desejos inconfessáveis (alguns nem tão inconfessáveis assim).
Se tivesse (ou tiver) de fazer o movimento de vassalagem no campo em que atuo não estaria (e nem estarei) à frente de uma pasta tão importante.
Do mesmo jeito que respeita as linhas editoriais de qualquer veículo, também ao governo é concedido o direito de não se subjugar aos ditames de quem quer que seja.
Maurílio Lopes Fontes