DO DIZENDO A VIDA COM MAZÉ
— Meu Deus! Esse azulzinho quer mesmo acabar com a gente! Não dá nem pra fazer uma festinha! — Reclamava um jovem homem que, ao buscar um estimulante, teve grande surpresa, e muito medo! Mas muito medo mesmo! Foi medo demais! — Eu hein, tô fora dessa!
Certo momento, num belo restaurante…
— Encontro marcado e uma leoa a caminho. É hoje que alimento esse leão! — Pensou.
Tomava cerveja e, de repente, resolveu ingerir outro líquido.
— Garçom, me dê um uísque, por favor.
— Fraco, médio ou forte, senhor?
— Quero do melhor que tiver na casa!
— Certo. Com licença!
Chegou à mesa a mais cara bebida do restaurante, porém não era tão boa com pensava. Aquele homem tão ansioso e sedento por novidade, após alguns goles, começou a se emocionar. Não via a hora de chegar a tão esperada companhia.
— Senhor, o que houve? – Perguntou o metre.
— Por quê?
— Suas orelhas estão bem vermelhas.
— Bem que senti uma quinturinha! E parece que está crescendo! Mas acho que é só impressão. Marquei um encontro com um grupo de amigos e já estou ficando ansioso. Temos alguns problemas para resolver.
— Certo, senhor. Se precisar basta chamar. Mas acho que ganhou mais um probleminha.
— Obrigado. — Disse sentindo as orelhas crescerem ainda mais, sem contar que sua cabeça também estava ficando grande. Tinha certeza de que era mesmo impressão.
Só que aquilo estava muito esquisito. E nada da leoa chegar!
— Ai! Meu rosto tá queimando! — Falou alto, chamando atenção de todos que ali
se encontravam.
O metre, correndo em sua direção, escorregou e caiu. Outro profissional conseguiu se aproximar dele enquanto seu companheiro se recompunha e algumas pessoas riam.
— Nossa, senhor! Sua cabeça está gigante! Suas orelhas do mesmo jeito e seu…
— Parou de falar! Apesar de preocupado, teve vontade de rir, mas se conteve.
— O que aconteceu? O que foi senhor? Quero dizer: o que tomou?
— Veja a conta! Vou embora!
— Calma, senhor! Precisa tomar água. Vou buscar. — Deixou-o sozinho. Não eram apenas orelhas e cabeça que estavam grandes. Sua calça estava prestes a rasgar. Teria que sair logo dali. Havia reservado hotel para nada!
— Ai, minha cabeça! Parece que vai explodir! — Deu um grito.
Depois da conta paga, saiu quase correndo dali e foi para o hotel. Havia colocado uma banda do estimulante sexual embaixo da língua e ingeriu a bebida. O comprimido foi dissolvendo aos poucos. Meia hora depois ficou nesse estado. Já no hotel, o coração acelerava e cabeça queria explodir. Ao olhar o espelho não se reconheceu. Até aquele órgão fortalecido parecia querer sair correndo a mil por hora. Não havia calça que o dominasse. A sensação era terrível.
— A ferramenta desapareceu. Nunca mais tomo azulzinho! — Disse em voz baixa. Sonolento.
— Você tomou viagra? Não é possível! Não mereço uma coisa dessa! Você está me traindo? Seu safado! — Questionou a esposa que acabara de acordar. Eram duas horas da madrugada. O marido estava sonhando. Ou melhor, tendo um pesadelo!