A banda baiana Anarkas está focada em alcançar reconhecimento, notoriedade local e quem sabe até mesmo nacional. Imersos em ritmos como axé, blues, R&B e soul, o grupo investe em voz, composições autorais e experimentos musicais a partir da mistura de diferentes sonorizações e instrumentos.
O grupo, formado por Osíris, BL e Ruiva, todos jovens com apenas 18 anos, quer apresentar ao mundo sons produzidos com uma qualidade única, a partir de junções de voz, violão e violino – instrumento pouco visto em apresentações musicais.
Leia mais:
Os talentosos artistas deram o pontapé em inicial em 2020, a partir do projeto musical Lomanto em Sol Maior, do Colégio Estadual Governador Lomanto Júnior, localizado no bairro de Itapuã, em Salvador. Eles foram descobertos pelo diretor Ricardo Monteiro.
“O grupo nasceu em 2020, fomos nos unindo, nos somando, começamos a empreender nesse mercado assim que nos tornamos egressos [após formação escolar]. As nossas diferenças, cada um de nossos pontos fortes, cada elemento une e fortalece o nosso grupo como um todo”, diz Osíris.
O trio também batalha para quebrar padrões, er livre e mostrar ao cenário musical local que pessoas novas e oriundas de locais periféricos sabe sim fazer música com qualidade e apresentações que se assemelham a grandiosos espetáculos.
Para além disso, os jovens também querem se tornar referência para que sirva de inspiração para outros meninos e meninas pretas que têm vontade de trabalhar com música.
“A gente vê muitas barreiras para nós, além da falta de viabilidade para pessoas pretas, jovens. As pessoas não esperam muito de nós por sermos jovens, e nós queremos quebrar essas barreiras, queremos mostrar que nós temos capacidade de entregar um bom produto. Se continuarmos com a nossa linha iremos sim conseguir”, destaca BL.
“Música é conexão de alma e isso influencia a gente no palco. A gente se diverte, traz qualidade, é uma explosão de sentimentos, e a gente busca trazer isso para o nosso público nos nossos shows”, completa Osíris
Primeiro EP
Um sonho de criança está prestes a se realizar na vida do trio. Ele vão lançar um Extended Play (EP) – compilado de músicas que são mais longa do que um single e contém menos faixas do que um álbum – logo em breve. A música “É Tudo Ouro” será a responsável por encabeçar o projeto.
O EP contará com seis faixas autorais e está em processo de finalização. A data do lançamento oficial ainda não foi divulgado. O clipe de “É Tudo Ouro” foi gravado no Pelourinho e visa exaltar toda a miscigenação de povos existentes aqui na capital baiana.
“É uma música que fala sobre cultura, tem uma linguagem popular, pro povo baiano, africanizado, que escuta a nossa música e se identifica. A música foi gravada no Pelourinho, centro histórico, para o público se conectar com a nossa linguagem”, pontua Osíris.