Mazé Maurício, 2021
Na sociedade atual, muitas são as pessoas que têm vivido as mais variadas experiências com o uso de eletrônicos, desde a promoção da deficiência na aprendizagem até a queima de feijão, visto que o ato de distrair consiste numa ação potencialmente promovida por tais ferramentas, em especial com quem apresenta dificuldade para se concentrar, realizando, a exemplo, estudo, pesquisa, uma produção textual escrita, além de várias outras práticas.
Evidentemente, por outro prisma, fácil é observar que estão disponíveis no dia a dia ferramentas que facilitam – e muito- a interatividade, a resolução de uma gama de problemas, a formação de amizades e o cultivo de práticas saudáveis. Todavia, nem todos os segmentos sociais encontram-se em condição, isto é, preparados para lidar com o avanço tecnológico, utilizando-o de maneira eficiente, produtiva para si e todos à sua volta. O que se percebe é a existência de uma geração, por vezes, socialmente alienada, distante de, realmente, notar os transtornos que ações aleatórias, sem reflexão, instintivas, têm causado à vida de cada ser humano.
É notória a importância dos instrumentos apresentados pelo mundo tecnológico, como aparelho celular, precioso objeto que acompanha a maioria das pessoas nas suas práticas cotidianas, considerado responsável por uma diversidade de atitudes. Entretanto, é apenas um ser inanimado, sem capacidade de racionalização, sem poder para determinar e/ou cumprir normas. E, mesmo assim, multidões lhe são subservientes. Muito mais do que até mesmo ao presidente da República, aos cantores de pagode ou arrocha. Incrível! Por que isso acontece?
Creio, portanto, que não é um ou outro recurso que deverá ser realmente responsabilizado pela incumbência em destaque. O que muito tem faltado às crianças, aos jovens adolescentes e – o que é extremamente preocupante – aos adultos é a prática educativa, o resgate dos valores essenciais ao viver em coletividade, a real conscientização sobre o que, de fato, é suficiente para suprir as necessidades vitais.